Indy Cars nos anos 70

Outro dia escrevi sobre a McLaren nos anos 70, lembrando que a equipe se aventurou com sucesso na Formula Indy naquela época. O primeiro McLaren de Formula Indy tinha uma aparência robusta. Creio que Alain Prost diria que parecia um caminhão, e não estaria de todo errado. Já o M16 tinha linhas mais leves, parecendo-se mais com o futuro M23 de F-1. Eventualmente o McLaren M-16 ficou bastante parecido com o M23.

Voltando à aparência dos carros, muitos nem pareciam caminhões e sim tratores! Certas restrições técnicas me impedem de ilustrar este post. Tenho certeza de que acharão muitas fotos dos "tratores" da Indy nos anos 70. Um bom livro sobre o assunto é "Indy Cars of the 1970s" de Karl Ludvigsen.

Embora 20 dos 33 carros que largaram em Indy em 1973 fossem Eagles, a diversidade de chassis era estupenda. Hoje temos que aguentar 33 carros da mesma marca no grid, mas naquela década, a variedade era imensa. Entre outras marcas que disputaram provas da Indy nos anos 70 estão a Coyote de A.J. Foyt, Lola, Brabham, Lotus, Cecil, McNamara, Lightning, Vollstedt, Wildcat, Dragon, Ras-Car, Mongoose, Colt, Antares, Grant, Scorpion, etc. Cabe lembrar também o Mallard, o último carro com motor dianteiro a tentar participar da Indy 500 em 1977.

Quanto a motores, a maioria dos carros era equipada com o Offenhauser turbo até metade da década, mas logo este motor foi superado pelo Cosworth. Motores a turbina, AMC, Ford, Repco, etc chegaram a ser usados na década.
Speedgear Racing Products

Um chassis Eagle de Formula Indy custava por volta de 25.000 dólares em meados da década, um valor razoável, mas ainda assim, muitos achavam mais barato construir seus próprios carros.

Muitos eram baseados em modelos antigos, alguns com mais de 10 anos. Indy chegou a ter mais de 70 pilotos procurando um lugar ao sol, muitos deles pilotos de Sprint e Midgets, além de um ou outro piloto da NASCAR, como Cale Yarborough, Bobby e Donnie Allison. Alguns europeus e australianos se aventuravam, mas foi na década de 70, quando houve uma internacionalização da categoria, que os grids se tornaram mais variados em termos de nacionalidades. Muitas das equipes da Can-Am (ex equipes de F-5000), acostumadas com pilotos não-americanos, adotaram a mesma prática na categoria. Isto, e o aparecimento dos modelos March e Lola, mudaram completamente a face da categoria.

Certamente os carros perderam a aparência de Caterpillars...

O Antares chegou a ser notícia em revistas brasileiras

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