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Mostrando postagens de 2012

Cópia melhorada

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Sou meio metido a criativo, e não gosto de copiar ou de ser copiado. Entretanto, se é para copiar, que faça melhor. Isto é, basicamente, o que fez a Red Bull na F1. Em meados dos anos 80, a Benetton patrocinou primeiro a Tyrrel, depois a Toleman e a Alfa-Romeo. Sim, o último Alfa-Romeo a correr na F1 não tinha a típica cor vermelha da escuderia milanesa, e sim o verde da fábrica de confecções. Eventualmente, a Benetton acabou comprando a Toleman, e os carros e a equipe, rebatizados Benetton. O sucesso relativo veio quase imediatamente, com a vitória de Berger no GP do México de 1986. Porém, demorou um pouco para a equipe se tornar verdadeiramente de primeira, o que só aconteceu quando Nelson Piquet fez a sua última grande temporada, em 1990. Quatro anos depois, a Benetton ganhava seu primeiro, e depois, segundo título. Depois disso, sucessos foram infrequentes, até a equipe ser comprada pela Renault, já no novo milênio. Note-se que nos últimos anos da equipe, o logo da Benetton

A melhor performance de um piloto brasileiro em 2012

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Provavelmente, a maioria do públic brasileiro não tem a mínima ideia do que seja o Continental Tire Sports Car Challenge. Alguns provavelmente não sabem quem é Pierre Kleinubing. Certamente devem achar que é um piloto francês ou alemão. Não é nem um, nem outro. É brasileiro. Além de ser brasileiro, Kleinubing ganhou seu sexto título neste ano, desde que se radicou no automobilismo americano nos anos 90. Entre os brasileiros, só Ayrton Senna ganhou tantos títulos assim no automobilismo internacional. O gaúcho correu durante muitos anos com carros da Honda (Acura), porém, agora é piloto da Mazda. O video mostra as últimas voltas da final do campeonato em Lime Rock, uma pista em Connecticut. Nele, Kleinubing, no carro preto, é seguido de Andy Lally, um sólido piloto de carros de turismo, com um Kia vermelho. Os dois passaram as últimas voltas grudados, e apesar de toda pressão, Kleinubing perseverou, e ganhou a corrida - e o título - em uma forma espetacular. Vale a pena ver o vídeo

Feliz pelo Di Grassi, e outras coisas

Eu esperava grandes coisas de Lucas di Grassi. Infelizmente, sua carreira na F1 foi infeliz, pilotando uma das cadeiras elétricas do grid. Fez o seu trabalho bem feito na GP2, mas não colheu os benefícios do esquema Renault. Apesar de ser bem considerado como piloto de testes, trabalhando para a Pirelli e também para acertar os carros da nova Formula E, todo piloto quer correr. Que o diga o Luca Badoer, que passou anos como piloto de testes da Ferrari, e quando teve a sua oportunidade em 2009, passou vergonha. Parece que muitos anos fora do combate faz mal aos pilotos. Assim, quando foi anunciado que Di Grassi pilotaria um dos carros da Audi em Interlagos, logo detectei que esta seria a melhor oportunidade da carreira de Lucas. E assim foi. Lucas foi efetivado como piloto da Audi, a fará equipe com Tom Kristensen e Allan MacNish, os veteranos da equipe alemã. É verdade que nos últimos anos o trio Kristensen-McNish-Capello assumiu um papel secundário na Audi. O trio Lotterer-Trelu

Cada macaco no seu galho

Outro dia, o Christian Horner deu uma entrevista na qual disse que, se fosse por ele (ou se fosse na sua equipe), não teria renovado com Felipe Massa. Até entendo a posição de Christian. A primeira metade da temporada de Massa foi bem além de primorosa, porém, na segunda metade o brasileiro demonstrou ainda ter o seu lugar na Ferrari. Ajudou seu companheiro, marcou bons pontos, foi competitivo. Com um carro que não era lá essas coisas, que, na classificação final superou um carro melhor, a McLaren. Tudo isso com a ajuda de Felipe. Acho que Horner deveria, antes de comentar sobre a equipe dos outros, refletir um pouco sobre a confirmação de Mark Webber para mais uma temporada na Red Bull, diga-se de passagem, ainda o melhor carro da F1. Para mim é claro que Mark nunca vai ser campeão mundial. Mark faz muitos erros, larga pessimamente. Teve poucos podiums em 2012, apesar de vitórias. É batalhador quase no molde de Alan Jones, sem dúvida, porém está bem longe dos top 5 (Vettel, Alon

Burrices ou os donos da bola

Outro dia estava lendo sobre o Meatloaf. No Brasil acho que não é muito conhecido. Pois bem, era um cantor de rock, de proporções expansivas, que fez bastante sucesso em 1977,78, com um LP chamado "Bat out of Hell". O sujeito que escrevia todas as músicas do Meatloaf se chama Jim Steinmann. Jim e Meatloaf fizeram outros álbuns, porém, eventualmente brigaram. Acho que nem se falam hoje em dia. Meatloaf fez diversos filmes, Jim continua a fazer músicas. Para gravar o "Bat" foi um sufoco. Jim e Meat bateram em muitas portas. Um todo-poderoso executivo de uma gravadora disse a Jim que ele não sabia compor, e lhe deu, gratuitamente, uma extensa lição em composição, apontando os seus "erros" do pobre coitado. Oras, Jim é, provavelmente, um dos melhores compositores do rock até hoje, com músicas super elaboradas, letras inteligentes e muito drama. O ponto é o seguinte. Donos da bola no mundo inteiro parecem ter um intenso prazer em exercer seu poder e diz

Coisas da modernidade

A temporada do RB na Indycar me fez pensar uma particularidade dessa era em que vivemos. Por que pilotos bem sucedidos em uma categoria top, não conseguem emular esse sucesso em outras categorias top? Nos antanhos não era bem assim. Moss ficava à vontade em carros de Fórmula 1 como carros esporte e F2. Em corridas longas e curtíssimas. Sem contar Nuvolari antes dele, e Fangio. Jim Clark numa semana estava correndo um GP, na semana seguinte com um pequeno Lotus Cortina, no mesmo dia em que disputava provas com um imenso Ford Galaxie de 7 litros, e depois partia para os EUA para pilotar na Indy. Que dizer do Jacky Ickx!! Além de ser vice-campeão de F1 duas vezes e ganhar 8 GPs (e outras corridas de F1), Jacky foi campeão de F2, Can-Am, Europeu de Turismo (classe), Mundial de Carros Esporte. Ganhou corridas com carros pequenos, grandes, provas curtíssimas, corridas de longa duração às pencas, 6 edições de Le Mans além dos 1000 km de Bathrust na Austrália . Mario Andretti teve uma ilustr

O sonho acabou

No seu twitter, Rubens Barrichello se ofereceu para a equipe Lotus quando Romain Grosjean foi suspenso. Pode ter sido uma brincadeira - quem sabe não foi. Rubinho jogou pesado, pois tinha contrato na Indy, e o GP da Itália ficava entre as duas últimas etapas do calendário. A meu ver, jogou verde para colher maduro. Depois, no fim do ano, aceitou o "desafio" de correr na Stockcar brasileira. Já tinha dito que não correria na KV em 2013, e seu lugar foi prontamente tomado por Simona de Silvestro, que cumpriu seu purgatório com o fraco motor Lotus em 2012. Rubinho disse que diversas outras equipes estavam negociando com ele, sem revelar quais eram. Escrevi num artigo na revista Sobre Rodas, no início do ano, sobre o que poderíamos esperar de RB na Indy, 2012. Em síntese, disse, não muita coisa. Não por que Rubinho seja mal piloto, mas sim por que a equipe KV está longe de ser uma equipe ponteira, e com três carros, estava com as mãos cheias. A lógica seria, se equipes como

A morte da Formula 2 - de novo

Outro dia estava lendo uma edição antiga da Autocourse, dos anos 70. Previa uma certa crise no automobilismo na época, devido à proliferação exacerbada de categorias e campeonatos. Batata. Estavam certos os especialistas! Alguns poucos anos depois, diversos dos campeonatos evaporaram, como o Europeu de GT, Formula 5000 e Esporte 2 Litros. Na economia e na história, acreditam muito em ciclos. Curiosamente, estes se repetem, apesar das evidências do passado do porque do fracasso de certas coisas. Se na história e na economia é assim, que pensar do automobilismo? A situação relatada nos anos 70 se repete atualmente - e tenho dito isso com certa insistência. No Brasil temos quase nenhuma categoria que poderíamos chamar de base, porém, na Europa estas proliferam às pencas. Principalmente, diversas categorias intermediárias - que não são nem de base, nem top. Imagino que parte da razão da existência de tantas categorias é criar uma ilusão - dezenas de "campeões" no curso do

O efeito Senna

Não é preciso ser Pascal para chegar à conclusão de que o número de pilotos brasileiros em atividade no exterior caiu bastante desde o final dos anos 90, início do milênio. Lembro-me que naquela época, ler uma revista Autosport era um deleite para o aficcionado de automobilismo brasileiro. Além de pilotos na F1 e CART, havia pilotos brasileiros na maioria das principais categorias de automobilismo da Europa, EUA, e Japão (exceto as categorias turismo), muitos deles com carreiras vitoriosas. Hoje, ainda há um número razoável, porém, aquela volúpia de ganhar o mundo parece que desapareceu dos automobilistas brasileiros. O que mudou? Sem simplificar a análise, pois há desdobramentos, a geração que chegou a ver Ayrton Senna correndo nas manhãs de domingo envelheceu. Já fazem 18 longos anos, e aquela molecada que queria ser o próximo Ayrton (e os pais que financiavam suas carreiras) já tem seus trinta e poucos anos. A gurizada do kart atual já encara o Ayrton como uma figura histórica,

Uma piada que quase gera outra piada

Finalmente é oficial. A HRT se foi, não estará no grid em 2013. Não posso dizer que fará falta. Sempre nutri simpatia pelos underdogs, entretanto, a HRT sempre me pareceu no nível das Lifes e Andrea-Moda da vida, equipes que nunca deviam ter "acontecido" e nada adicionaram ao esporte. Underdogs dos underdogs, queimação de filme. A HRT certamente será uma nota de rodapé, e sinônimo de incapacidade na F1 atual. Serviu para dar a primeira chance ao Bruno Senna na F1, dar um lugarzinho a pilotos indianos que nem chegam perto da Force-India e trazer o Pedro de la Rosa de volta à F1. Além de ser a primeira equipe ibera. Pelo menos foi consistente a HRT. Nunca chegou a apresentar um átimo de competitividade. De fato, a experiência de expandir o grid, oferecendo quatro lugares a equipes novas foi um fracasso. Nenhuma das três equipes que chegaram à pista (a USF1 fez forfait logo de cara) parecem ter muito futuro, e duas delas trocaram de dono em um espaço muito curto de tempo,

Arrogantes

Nos últimos dias, segui uma longa conversa no Facebook sobre o Bruno Senna. Acho que opinei umas duas vezes, pensei em opinar outras tantas, porém, deixei de lado meu ímpeto participativo. Fiquei observando de longe, vez por outra abismado, pois o nível às vezes desceu o morro. No Facebook, todo mundo dá opinião sobre tudo. Política, economia, negócios, mulher, futebol, religião, sociologia, estética, arquitetura, leis, ética, música, artes, geografia, história, e daí por diante. E também sobre o nosso querido automobilismo. Neste último quesito, muitos são aqueles arrogantes de plantão que adoram dizer "você não sabe do que está falando por que nunca sentou num carro de corrida". Geralmente são aquelas pessoas que querem ganhar uma discussão avacalhando a outra, pois não têm argumentos racionais ou fatuais. Muitas vezes estas mesmas pessoas opinam sobre economia, política, negócios, leis, etc., no próprio Facebook sem nunca terem sido políticos, economistas, homens

Teria sido muito feio

Ainda bem que não aconteceu. O final do campeonato de 2012 teria sido muito feio, se prevalecesse a tentativa de ganhar o campeonato no tapetão. Não teria sido a primeira aplicação de regras para desclassificação ou aplicação de penalidades para um piloto em uma corrida. Teria sido a primeira vez que tal aplicação, na última corrida da temporada, afetaria o resultado do campeonato. O Piquet já perdeu um GP do Brasil assim, a Tyrrel perdeu os pontos em 84, o Andretti perdeu a vitória na Itália em 78, que teria sido a sua última na F1, etc etc. Depois, teve os pontos perdidos por Schumacher em 1997, quando tentou resolver o campeonato no grito com o Villeneuve. Teria sido muito feio se o Alonso ganhasse o campeonato por que alegadamente o Vettel teria ultrapassado um semi-companheiro de equipe - pois o Vergne nada mais é do que um companheiro de equipe de Vettel, convenhamos, principalmente por que o espanhol tem se prevalecido justamente desse artifício para obter melhores colocaç

Genética automobilística

Há algumas dezenas de anos atrás, dava aulas de português a um sujeito bem jovem em Nova York. Tinha acabado de sair da Universidade, e já ocupava o cargo de vice-presidente de uma das maiores empresas imobiliárias da cidade. Tive curiosidade de saber seu paradeiro atual. Supresa, hoje é o presidente da mesma empresa! Alguns hão de dizer, "está no DNA". O próprio cara deu a razão. Numa entrevista, dizia que desde pequeno, só ouvia falar de imóveis, mercado, dinheiro, dinheiro, mercado, imóveis, do café da manhã até dormir. Seu destino já estava marcado, e deu-se conta de que já estava sendo treinado desde uma tenra idade, e assumiu a empresa que o avô fundara. Lógico, quis dizer que subiu pelos meios próprios, etc, etc. Conte outra, MC. Esse negócio de genética no automobilismo me parece furado. Fazendo uma análise por cima, há muito poucos, e circunstanciais, casos em que a performance de irmãos ou filhos se equipara. O que existe é o mesmo efeito do meu ex-aluno. O cari

GP do Brasil, Vettel, zero ponto caro

Tinha estabelecido uma meta, no ano passado. Como o GP do Brasil de 2012 cairia no meu aniversário, pretendia vir ao Brasil e ver a corrida em loco, e comemorar no lugar certo, Interlagos. Frustrei-me. Por questões profissionais, acabei ficando por Miami mesmo, e me limitando a ver mais uma final de campeonato na TV. Teve de tudo um pouco. Massa fazendo uma excelente largada. Hulkenberg liderando, um safety car lhe tirando a vantagem, vitória do Button que outra vez mostrou ser o cara na chuva, outra batida do Grosjean, título para Vettel. Jacques Villeneuve, aparentemente a única personalidade do automobilismo que consegue ter mais opiniões do que eu, disse que Vettel só tem boa performance quando larga na frente. Pois o alemão provou que Jacques deveria aposentar sua ferina língua, está começando a parecer o Pelé. Nas duas últimas corridas, Seb provou que consegue sair de lá de trás, e obter resultados fora do comum, primeiro nos EUA e agora no Brasil. No último caso, com um carr

Até logo (ou nunca) Kobayashi-san

Quando comecei a frequentar o mundo dos negócios em Nova York, em 1982, havia verdadeira obsessão em volta dos japoneses. Não era amor ou apreciação no strictu sensu - o que todo mundo queria era a fausta grana dos japoneses, que em pouco menos de trinta anos haviam se tornado, de longe, a economia mais pujante do mundo. Até veteranos de guerra americanos esqueceram os ressentimentos em relação a Pearl Harbor e foram à busca de alguns ienes. Havia cursos para executivos aprenderem a lidar com japoneses, sushi e sake viraram moda, cursos de idioma japonês. Até eu cheguei a pensar em aprender japonês, vejam só. Além dos japoneses, o pessoal também corria atrás dos sauditas, estes um osso bem mais duro de roer. Apesar das grandes diferenças culturais entre o mundo ocidental e oriental, os japoneses mais se aproximavam dos americanos dos que os esquisitos e austeros sauditas. Muitos achavam que o Japão seria dono do mundo em 10, 15 anos. Na Fórmula 1 houve a mesma coisa. Muitos dos gra

Cada coisa que a gente vê na mídia

A meu ver, se me permitam, o comportamento quase de fã, tifosi , de alguns setores da mídia que cobre o automobilismo no Brasil é parcialmente a causa da derrocada do esporte no país. Não vem de hoje. Comportam-se um pouco como o mais irracional dos torcedores de futebol. Quando o time está ganhando, diz que é o melhor time da história do esporte, quando começa a perder um pouquinho, começa a achar complôs em todos os lugares, quando nunca mais ganha, xinga os jogadores, técnico, diretoria. E ai de alguém se falar mal do seu time, se não for outro irracional torcedor. É bem verdade que o nosso esporte é cheio de silly seasons . Aí vem o problema. Como a maior parte da mídia brasileira hoje em dia cobre somente a F-1, e como temos somente dois pilotos na categoria, haja pauta, vez por outra aparecem artigos com uma pitada de hiperbólicos. Vi um artigo, não me lembro onde, dizendo que um novo Fittipaldi estava para entrar na F1, e com um patrocinador de peso de Carlos Slim, o mexic

Quanto ao GP de Austin...

Durante algum tempo, parecia que a corrida não ia ocorrer. Entretanto, o GP de Austin não só ocorreu, como foi um sucesso. O evento em si, pelo menos, foi um sucesso local. Nos treinos, parecia que a Pirelli tinha feito a escolha errada de compostos. A pista não estava devidamente emborrachada, e os carros passaram grande parte dos treinos, dançando ou saindo fora da pista. No dia da corrida em si, as coisas melhoraram. Logo veio à memória a bagaceira de 2005, quando a Michelin trouxe compostos errados para o GP dos EUA, retirou todos os carros com seus pneus no dia da corrida, que foi duisptada somente por 6 carros com pneus Bridgestone. Este foi o começo do fim do GP em Indianapolis. Segundo a imprensa, havia 120 mil pessoas no autódromo taxano no domingo. Nada mal, em se tratando de F-1, porém bastante longe dos 300 mil que assistiam a Indy 500 ao vivo há alguns anos atrás. Como até na Indy 500 os números de espectadores caíram em anos recentes, certamente 120 mil  foi um número

Considerações sobre a NASCAR

O título ganho por Brad Keselowski ontem tem uma série de ângulos interessantes. Acima de tudo, provou que Jimmie Johnson não é imbatível no Chase. O americano ganhou cinco campeonatos seguidos neste formato, e era um dos pilotos que podia sair campeão ontem. Brad corre pela Penske, que assim, ganha seu primeiro título na NASCAR. Roger já inscrevia AMC Matadors na categoria no início da década de 70, sem grande sucesso, e eventualmente voltou com tudo para a categoria. Foi um pequeno consolo por ter perdido um título praticamente ganho na Indycar. Além disso, foi o primeiro - e provavelmente último - título ganho pela Dodge desde que voltou  à NASCAR. Digo que é o último por que a Dodge já anunciou que sai da categoria a partir do ano que vem. Keselowski também é um dos raros pilotos da NASCAR a ganhar o título, com descendência não anglo, Curiosamente, o piloto, descendente de poloneses, ganhou o título vinte anos depois de o primeiro descendente de poloneses se tornar campeão,

O prodigio de ontem, veterano de amanhã

Como o tempo passa... Quando você segue o automobilismo durante muito tempo, frequentemente se lembra quando um piloto jovem entrou no esporte. Alguns com pouquíssima idade, como Mike Thackwell. Com a aposentadoria de Michael Schumacher, que julgamos ser definitiva, o título de veteraníssimo da F1 fica vago. Seria assumido pelo espanhol Pedro de la Rosa, exceto por um pequeno detalhe. A equipe Hispania será mais uma vez vendida, e francamente, duvido que o comprador seja espanhol, se é que alguém vai comprar a equipe. Se  o comprador não for espanhol, também duvido que Pedro continue a ser piloto de F1. O manto seria assumido por....tá-dá-dá-dá... JENSON BUTTON !!! Sim o inglês, campeão do mundo em 2009, está na F1 desde o ano 2000! Parece hoje que a Williams contratou o inglês diretamente do campeonato de F3, tipo de coisa que a Williams não estava acostumada a fazer desde a época em que alugava lugares em troca de alguns caraminguás. O garoto prodígio, como tantos outros, d

Velhos hábitos

Outro dia estava lendo o anuário Autocourse referente à temporada de 1999, e nele vi algo curioso. O piloto irlandês Eddie Irvine admitiu que ganhava rios de dinheiro, basicamente para garantir que um outro piloto ganhasse corridas e campeonatos. O outro piloto, caso não saiba, era Michael Schumacher e a equipe, Ferrari. O sincero comentário foi curioso, por que Eddie começou a temporada de 1999 ganhando, e de fato, o destino quis que fosse ele, e não Michael Schumacher, o piloto que disputaria o título de 1999, perdido para Mika Hakkinen na última corrida. Claro que as cláusulas contratuais ainda valiam, porém Michael pôs tudo a perder naquele ano com um sério acidente na Inglaterra que o alijou de algumas corridas e da disputa para o título, e no final, foi o alemão que teve que ser escudeiro do irlandês. Aqueles com memórias mais fortes se lembrarão que Irvine acabou assinando com a Jaguar, por um belo saco de Euros, e Barrichello foi contratado pela Ferrari, assim iniciando a s

Bocas sujas

O GP de Abu Dhabi teve lá seus momentos cômicos, pelo menos no final. Acho que logo, logo, a FIA vai mudar o esquema das entrevistas pós-corrida. Até o ano passado, as entrevistas eram realizadas numa salinha, com os pilotos sentados, após descansar um pouquinho, e conduzidas por um jornalista. Agora as entrevistas são realizadas por um ex-piloto, como Martin Brundle, Johnny Herbert e David Coulthard, com os pilotos no próprio pódium, e de pé. Provavelmente, o ambiente mais informal levou Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel a se sentirem à vontade, de fato, muito à vontade. Os dois usaram palavras de baixo calão nas suas entrevistas, a ponto de deixar o almofadinha David Coulthard ruborizado. Este pediu perdão pelas palavras proferidas, lembrando a todos que o inglês nao era o primeiro idioma de nenhum dos dois boca sujas. Se fosse na NASCAR, os dois pilotos teriam levado uma bela multa. Vez por outra um piloto da NASCAR fala uma palavra cabeluda, e geralmente fica uns 10 paus mais

Algumas considerações

Não escondo de ninguém que meu piloto predileto na F1 atual é Kimi Raikkonen. Assim, não é preciso dizer que fiquei muito feliz com a vitória do finlandês ontem, quem sabe até mais feliz do que o Iceman. Tenho uma caidinha pelos "underdogs", aqueles pilotos que apesar de pilotarem carros mais fracos, em situações mais difíceis, conseguem resultados excelentes. Já gostava do Kimi antes, agora então... O que fez com a Lotus este ano é algo fora do comum. Estar na frente dos dois pilotos da McLaren e de Mark Webber na tabela é coisa de gênio. Alguns hão de dizer, "só está lá por que marcou pontos em quase todas as provas". Verdade, porém, considerando que Kimi ainda é um dos pilotos mais velozes do grid, o fato de não quebrar e nem se envolver em acidentes é para lá de notável. Quanto à primeira vitória da nova Lotus, não sei o que dizer. Podem me chamar de purista, não vejo esta equipe como Lotus. Tem o nome Lotus, tem o logo da Lotus, porém, não tem absolutamente

Decidiram melar as coisas para o Tião

Conheço muita gente que acha a FIA tendenciosa em favor da Ferrari. Obviamente hoje nem vão dormir. Terão um pouco de razão meus amigos conspiradores. Alguns podem argumentar que o Vettel voltar a ganhar tudo como no ano passado, não é bom para a F1. Ninguém dizia nada no início do milênio, quando uma outra equipe ganhava tudo... Vettel não largaria na pole em Abu Dhabi, porém largar em terceiro, com seu companheiro em segundo, não fica muito longe. E estaria largando na frente dos dois vermelhinhos! Regulamentos são regulamentos, e ficaram faltando 150 ml para a análise do combustível no carro do alemão. Não que 150 ml façam alguma falta, quando ainda há 850 ml, porém, o regulamento diz que deve haver 1 litro! Assim,  este pequeno detalhe relega Vettel para a última fila, na realidade, largará dos boxes, e certamente não será ele a ganhar a corrida de amanhã. Potencialmente, esta pequena e rigorosa execução do regulamento decidirá o campeonato. A não ser que o Maldonado e o

Melhor aproveitar

Não tenho dúvidas de que o favorito para a corrida de amanhã seja o Lewis Hamilton. Lewis foi, com certeza, a azarado do ano. No começo da temporada parecia o favorito, depois foram ocorrendo uma série de coisas, inclusive, quebras no seu McLaren. A pole de Lewis, e possível domínio na corrida de amanhã, podem dar um temperinho especial na classificação do campeonato. É certo que Vettel não larga longe, porém, tem muito perto dele Pastor Maldonado, que pode fazer alguma lambança na largada. O venezuelano declarou que vai botar para quebrar amanhã. No bom sentido, que vai disputar as primeiras posições. No mal sentido, provavelmente se envolva em alguma colisão. Pastor não ameaça somente Vettel. Alonso também está perto dele, alíás, mais ou menos um sanduíche entre Maldonado e Grosjean, o outro enfant terrible da temporada. É bom Lewis aproveitar estas últimas corridas na McLaren. A Mercedes foi o grande desapontamento deste ano. Nos treinos, parecia que finalmente faria uma tempo

O preço do sucesso

Uma das maiores discussões das eleições dos EUA é a adoção (ou não) de um imposto de renda cada vez mais progressivo. Em síntese, no imposto progressivo, aqueles que têm mais capacidade (os mais ricos), pagam uma alíquota maior. Em tese, o IR dos EUA já é assim, entretanto, devido aos diversos recursos que os mais abastados têm, como trusts, private foundations, e uma série de outras fábulas contábeis, acabam, como o candidato republicano Mitt Romney, pagando uma alíquota inferior à metade do que uma pessoa da classe média, tornando o IR americano efetivamente regressivo. Nada mais progressivo do que as taxas de inscrição que a FIA estará cobrando das equipes de F1 a partir de 2013.   Até agora, a taxa tem sido US$397,899.  Daqui por diante, a taxa mínima de uma equipe que marcou zero pontos, será US$500.000, e aquelas que marcaram pontos, pagam os mesmos 500 paus + US$6.000 por ponto. Ou seja, a Red Bull, com base no seu resultado de 2011, pagaria a bagatela de $4,4 milhões! Din

Crise na Indycar

Tudo indica que há uma crise interna na Indycar. De novo. Na semana passada, Tony George foi o epicentro de mais uma crise. Haviam rumores de que TG, que criou toda a palhaçada da IRL nos anos 90, e é em grande parte culpado pela falta de prestígio do principal campeonato de monopostos dos EUA, estaria liderando um grupo para comprar a Indycar. Acabou renunciando ao seu posto no conselho, alegando conflito de interesse. Hoje foi a vez do Diretor-Presidente (CEO) da Indycar, Randy Bernard, pedir demissão. Há quem diga que durante sua gestão as coisas melhoraram, outros dizem que pioraram. A Indycar ainda está bastante longe do prestígio da CART nos anos 90, e não consegue repetir um calendário inteiro, adicionando e retirando corridas, entre outras coisas. Já houve gente pior. Teve um cara, cujo nome me escapa à memória, que quase afundou a CART lá por volta de 2002, com ideias faraônicas, inclusive, a abertura do capital da empresa. Quanto à organização em si, insiste que não est

Baile do municipal

Quem não lembra? Houve época no Brasil em que, para ser alguém no país, você tinha que ir ao Baile do Municipal. Mesmo que não gostasse de carnaval, aparecer no Municipal era um must para se manter vivo no universo socialóide da terra brasilis. Depois, se tivesse sorte, saia sua foto na Manchete, Cruzeiro ou Fatos e Fotos, ou nas colunetas sociais que se espalhavam pelo país. Hoje em dia nem sei se esse baile ainda existe, acho que foi substituído pelos camarotes do Sambódromo. Não sei muito sobre o assunto porque não sigo o carnaval, só sei que não se fala muito no mesmo, e se o outrora importante baile existe, certamente perdeu a importância. O grande chamativo do Baile do Municipal era estar ao lado de gente famosa, bonita, cheia da grana e influente, uma vez no ano. A teoria, suponho, é que se você aparecesse do lado dessa gente, sobrava algo para você, e mais cedo, mais tarde, seria aceito na tchurma. Se aparecesse nas revistas e colunas sociais então, seu futuro estava garant

A importância do DTM hoje em dia

À primeira vista, o DTM é só mais um campeonato para carros turismo. Seria importante pelo fato de ser um campeonato alemão, um dos países mais ricos do mundo, e certamente o mais rico da Europa. Entretanto, sob o ponto de vista de marketing, é possível que o DTM seja o campeonato de automobilismo mais importante do mundo. Vejam a NASCAR. O campeonato é disputado por quatro marcas (logo, três). Três marcas de carros populares. Com a volta da BMW,  o DTM passou a ser disputado pelas três principais marcas de carros de luxo do mundo, três marcas premium (BMW, Mercedes e Audi). Diga-se de passagem, o único palco no qual essas três marcas se enfrentam nas pistas. Há muito que as marcas populares alemãs se afsataram do DTM. A Ford, que em certa época foi quase hegemônica na Alemanha com seus Capris, Escorts e Sierras, há muito que não é vista nos campeonatos teutônicos, e agora saiu oficialmente até dos rallyes. A Opel saiu do campeonato há alguns anos, e é muito difícil que volte, po

A volta por cima da BMW

Na sua primeira participação prolongada na F1, nos anos 80, a BMW conheceu sucesso quase imediatamente. Os motores da marca bávara estrearam na Brabham em 1982, e já em 1983, levaram Nelson Piquet ao título mundial. O brasileiro ainda obteve algumas vitórias em 1984, 85, porém, salvo por uma vitória da Benneton com um motor alemão, o sucesso não foi repetido, e a marca decidiu se mandar da F-1, com a proibição dos motores turbo. O acordo com a Williams tinha tudo para dar certo. Afinal, a marca inglesa tinha ganho diversos títulos nos anos 80 e 90, e com uma excelente infraestrutura, a parceria seria, com certeza, bem sucedida. Não foi. Sim, os Williams-BMW ganharam algumas provas, e com Juan Pablo Montoya, parecia que o futuro seria róseo. Entretanto, a BMW queria um pouco mais da Williams, que queria manter sua independência. Era a época das montadoras na F1, e ser mera fornecedora de motores era quase queimação de filme. A BMW queria comprar a Williams. Assim, ocorreu o divórcio

Tive dificuldades para dar nome a este post, ou wishful thinking

A tal programação neurolinguística ensina que aquilo que falamos afeta diretamente os resultados da nossa vida. Tem muito gente que acredita nisso, certamente é um conceito sexy. Assim, muita gente anda repetindo mantras, aquilo que desejam acontecer, por exemplo, dizendo que tudo anda maravilhoso quando não está, na esperança de que as coisas realmente fiquem maravilhosas. Mistura-se a isso pensamento positivo, otimismo, metafísica platônica e até um mesmo espiritualoide "poder das palavras", e temos um smogasbord de "wishful thinking". Que me perdoem aqueles que não falam inglês. Não é afetação minha não, realmente não existe no português uma expressão que traduza a essência desta expressão. Absorvam a definição, nas próximas linhas. Daí existe o marketing, a manipulação, que existe em todas as áreas da humanidade. Se uma mentira for dita mais vezes do que a verdade, acaba virando verdade. O mundo virtual exacerba ainda mais este fato, pois os motores de busca

O fator Galo

Depois de passar a maior parte da manhã matutando sobre a óbvia manipulação dos candidatos presidenciais americanos no debate de ontem, decidi escrever este humilde post, que aliás, já estava na minha mente ontem. Chegou ao fim a longa novela Felipe Massa - Ferrari, e pela décima quarta temporada seguida, teremos um brasileiro na mais tradicional equipe de F-1. Porém, não no poleiro! Segundo Luca di Montezemolo, o chefão da Ferrari, a equipe não comporta dois galos, somente um. Ou seja, um galo, quem sabe uma galinha e um pinto, um frango, para ser mais polido. Com isso, Luca disse, de modo claro, que não considera Felipe um piloto do mesmo nível que Fernando. Não é um galo. Um monte de gente já escreveu o óbvio, "mais uma vez um brasileiro subserviente na Ferrari, blá blá bla", mencionando os tempos de Rubinho também. Seletivamente esquecem-se dos 1000 Km de Nurburging de 1973, ou mais longe ainda, do início dos anos 50, quando "Seo" Chico ficou relegado a um

Morte e vida severina

O automobilismo, como tudo na vida, é composto de vais e vens. Uns chegam, e outros se vão, uns nascem, outros morrem Não estou, obviamente, falando da morte de pessoas, antes que eu alguém interprete mal o que estou dizendo. Estou falando de equipes, fabricantes. Não comentei o fechamento da Lola Cars como fabricante de carros de corrida. Manufaturar carros de competição pode parecer uma atividade lucrativa para os menos avisados, porém não é. Até mesmo os fabricantes de sucesso em termos de resultados e volume, como a Lola, mais cedo, mais tarde morrem uma morte inglória. Que o digam March, Ralt, Reynard, Swift, Eagle, Chevron e uma série de outras. A Lola até que durou bastante. Iniciou suas atividades no final da década de 50, e chegou a 2012. Em 1997 quase se vai para o escambau, porém, foi salva pelo ex-piloto Martin Birrane, que segurou a coisa até este ano. A Lola correu em um número imenso de categorias, vencendo em todas - Fórmula 1 (antes que me critiquem, a Honda de 1

Por que o GP de Austin provavelmente não dará certo

Muitos têm acompanhado a saga do GP de Austin no Brasil, porém, poucos têm o privilégio qualificado de segui-la do ponto de vista americano como eu. Vejam bem, quando cheguei nos EUA, o país tinha dois GPs de F1, um em Watkins Glen e outro em Long Beach. Desde então, foram realizados GPs em Detroit, Dallas, Las Vegas, Phoenix e Indianapolis, além dos dois outros locais citados. Apesar da importância da economia americana, o GP deste país não firma. Havia muita expectativa em volta do GP em Austin, porém, me parece que as coisas estão começando de modo errado. Há alguns meses atrás, quando havia grandes dúvidas quanto à realização da corrida, foram postos alguns ingressos à venda, a US$150.00. Um preço alto para um evento de realização questionável, porém, trata-se de um GP da F1, afinal de contas. No site oficial do GP, os ingressos baratos já se esgotaram! Grande sucesso (será?). O mais barato agora é um ingresso de US$500.00. Ingressos mais baratos ainda podem ser achados em mi

O sonho terminou

Comecei a me apaixonar pelo automobilismo com uns oito anos de idade, um pouco antes de Emerson entrar na F1. Logo, já estava pintando meus carrinhos de plástico, pondo números e fazendo corridas imaginárias com Fords GT40 e Porsches. Eventualmente, fiz uns micro carrinhos de cartolina, e pistas também, e criei diversos pilotos, categorias e países imaginários. Dentro deste meu universo automobilístico, imaginei uma emissora de televisão que transmitia somente corridas. Chamava-se, obviamente, "TV dos Carros". Pensar em TV segmentada nos anos 70, quando existiam meros seis canais no país era algo visionário para um guri tupiniquim. Muitos anos depois, já nos Estados Unidos, tive o prazer de ver o meu sonho realizado, o Speed Channel. Nele assisti corridas de F1, Indy, NASCAR, IMSA, DTM, Campeonato Australiano, Le Mans, diversas categorias de carros esporte, Moto GP, GP2, Modified, sprint cars. Enfim, um grande número de categorias cujas corridas nunca sonhei ver na TV.

Meu prognóstico

Outra noite tive o prazer de jantar com um ex-piloto, e estávamos conversando sobre a Fórmula 1. Algo meio lógico, se bem que o cara entende de tudo, e de fato, conversamos sobre tudo. Disse-lhe o que penso. A balança mudou em favor de Sebastian Vettel, e a meu ver, o alemão tem 75 % de chance de se tornar tri-campeão. Alonso vai ficar devendo mais uma vez. Embora não simpatize com o asturiano 100 %, Fernando é, sem dúvida, o piloto mais completo da F1 no momento, embora não seja o mais rápido. Tanto é que extraiu da Ferrari uma velocidade que não tinha. Se estivesse na McLaren, o espanhol já seria campeão. Não que eu ache a dupla da McL ruim, notem bem.   A Ferrari teve uma boa dose de sorte no começo, que agora lhe falta. Porém, convenhamos que a Red Bull teve lá seus azares nesta temporada, e no início não estava muito bem. Parece-me, entretanto, que os problemas do carro já foram resolvidos, e agora será muito difícil tirar o título de Seb. Parabéns ao Kimi, que apesar de

Algo próximo de impossível

Com a aposentadoria de Schumacher da F1, vai-se um mito. Um mito que parecia invencível, porém, na sua segunda carreira, demonstrou que grande parte do seu sucesso se deu por causa de equipamento de primeira qualidade no início do milênio, algo imprescindível na F1 atual. Seja como for, provavelmente ninguém consiga ultrapassar o plantel de vitórias do alemão na F1, 93, e sete campeonatos. Plantel impressionante, este do Schumacher. Porém, a carreira de Sebastien Loeb no Campeonato Mundial de Rally me impressiona muito mais. A última vez em que um outro piloto, que não seja o francês, ganhou o título mundial foi 2004. Nove vezes campeão, e com nada menos do que 75 vitórias, Loeb não dá indícios de arrefecer seu ritmo. Ainda assim, no ano que vem se tornará um piloto "part-time", e com certeza não ganhará o título. Digamos que a hegemonia de Loeb estava estragando o Mundial de Rallye. Agora dizemn que vai tentar o Mundial de Turismo, com a Citroen. Eis aqui o diferencial d

Já entrou para o clube

Depois da corrida do domingo, Romain Grosjean entrou para um clube seleto da F1, o grupo dos barbeiros contumazes. Que fazer com Grosjean? Chris Horner quer que a Lotus controle o francês. A FIA já o suspendeu. Daqui a pouco, só vão permitir que o ex-campeão de GP2 largue somente dos pits. Grosjean não é nem o primeiro, nem o último a interpretar a F1 erroneamente. Entretanto, sua especialidade é acabar com sua corrida (e de outros) logo na largada. No ano passado, Felipe Massa e Lewis Hamilton passaram metade da temporada se estranhando na pista. Em 1973 Jody Scheckter deu diversas batidas, inclusive em Silverstone, que alijou um quarto dos carros na prova. Depois em 1974, sob controle de Ken Tyrrell, Jody amadureceu rapidamente, e chegou a campeão mundial. Em 1972 Henri Pescarolo teve a satisfação de ganhar sua primeira Le Mans, mas na F1, foi uma bateção só. Frank Williams quase faliu por causa de Henri. Vittorio Brambilla conseguiu dar uma cacetada no seu carro depois d