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Mostrando postagens de janeiro, 2013

A "compra" da HRT e uma grande-pequena ironia

Eis um fato. Os dois últimos projetos norte-americanos (dos EUA ou Canadá) na Fórmula 1 foram retumbantes fracassos. Foram estes a equipe USF1 e a fábrica de motor PURE, de Craig Pollock. Antes disso, o mesmo Pollock tivera sua proposta de entrada na F1 rejeitada em 2008. Os dois projetos tiveram algo em comum - muita ingenuidade. Segui bastante a evolução do USF1, se é que podemos chamar aquilo de evolução, e cheguei à conclusão logo no começo que não era um projeto sério. O próprio fato de o piloto designado ter sido o inexperiente José Maria Lopez dava indícios de que o projeto não gozava de qualquer respaldo nos EUA, de onde deveria sair o dinheiro para financiamento do projeto. Quanto à fábrica de motores PURE, já estava acostumado com as estrepolias megalomaníacas de Pollock e nem prestei muita atenção. O projeto morreu um ano após ser anunciado, por óbvia falta de grana. Assim que, a ressurreição da HRT pelo grupo canadense-americano Scorpion Racing me parece fadada ao fraca

Nada novo embaixo do céu, ou os ciclos da vida

O livro de Eclesiastes, da Bíblia, diz que não há nada novo embaixo do céu. Para os que não acreditam em livros sacros, os compêndios de macroeconomia nos ensinam que há ciclos econômicos, o que nos ajuda a entender porque esperar prosperidade constante é uma falácia. Os ciclos vêm, causados por intempéries, guerras, especulação, falta de demanda com alta oferta, falta de oferta, etc. Assim, lendo um outro terceiro livro, uma edição do anuário Autocourse dos anos 70, o analista preconizava uma grande crise para o automobilismo europeu na época, por um singelo fato - um excesso de categorias. De fato, no finalzinho da década de 60, existiam poucas categorias e sequer campeonatos na Europa. Tinha a F1, o Europeu de F2, Mundial de Marcas, o Europeu de Turismo, o BTCC, o Europeu de Montanha, a F3 inglesa e francesa.    Quando um piloto queria chegar à F1, basicamente entrava na F3, ficava alguns anos, depois subia para a F2, e depois esperava a chance na grande categoria. Nos primeir

Um recorde brazuca

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De repente, os brasileiros descobriram as 24 Horas de Daytona. Afinal de contas, atualmente até temos classes GT no Brasil, algo que não havia 20 anos atrás. De fato, na época os pilotos brasileiros só queriam correr mesmo em monopostos. O mundo mudou, e também o automobilismo. Hoje, chegar na F1 se tornou muito mais difíícil do que no início dos anos 90, pois as carreiras são longas, sedimentadas em longas parcerias. E meninos EUROPEUS são abraçados no kart europeu, desde uma tenra idade. Para os brasileiros, sobrou muito pouco. Até mesmo na Indycar a coisa ficou mais apertada, para entrar, nem que pagar. Incrivelmente, hoje o Brasil é um país muito mais rico do que nos anos 90, entretanto, era mais fácil convencer uma empresa e investir no automobilismo na época do que hoje. O patrocínio no futebol ainda engatinhava e hoje, só falta colocar anúncio no suporte atlético dos futebolistas!!! Assim, atualmente pilotos brasileiros correm numa variedade de categorias menores mundo a

Com pés no chão ou viajando na maionese

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O começo do ano é uma época engraçada. Muitas, mutíssimas pessoas começam o novo ano energizadas, com mil propósitos novos, alguns obviamente impossíveis de realizar. Não aprendem a lição do ano anterior, afinal, ao chegar em novembro, nem um décimo do que pretendiam fazer foi concretizado. Só salva um pouco as festas do fim de ano, carga de trabalho mais leve (se não é lojista), décimo-terceiro no bolso, e férias no mês de dezembro. E também tempo para refletir e criar uma outra batelada de novos propósitos e resoluções absurdas para o ano seguinte. Na realidade, nada de muito mágico ocorre entre o dia 31 de dezembro, e o 1 de janeiro. A nova divisão temporal nos ajuda a diminuir a carga emocional de ver um longo acúmulo de resoluções não cumpridas, metas realizadas pela metade, e os anos passando cada vez mais rápido. Tudo meramente psicológico. Ah, e o governo tem uma nova base de tributação, podendo aplicar novos impostos outrora inexistentes. Chega de tanta filosofia. No cas