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Mostrando postagens de junho, 2017

Como seria o campeonato de F1 de 1974 com a pontuação atual

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Não é preciso ser Pascal para calcular que o número total de pontos na F1 é, atualmente, uma estatística que não vale absolutamente nada. Vejamos, Fangio obteve suas 24 vitórias numa época em que uma vitória rendia 8 pontos. Ou seja, somou meros 192 pontos com suas vitórias, quase os pontos que Vettel já obteve nesta temporada, obtendo três triunfos. Para que a estatística volte a valer algo, seria necessário recalcular a pontuação de todos os campeonatos, de acordo com o sistema atual, ou usar o sistema 9-6-4-3-2-1, que foi usado durante mais tempo na F1. Parece-me claro que a validade deste parâmetro só existe com algum tipo de pontuação harmonizada. Resolvi recalcular a pontuação da temporada de 1974, e um dos maiores números de construtores (18 na minha contagem mental), além de diversos pilotos particulares. Não fiquei muito surpreso que não houve grandes mudanças nas primeiras colocações, exceto, que Ronnie Peterson teria sido o quarto colocado, em vez de Niki Lauda. A gra

Le Mans - duas corridas parecidas

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As 24 Horas de Le Mans desse ano me fizeram lembrar de outra edição da corrida. Nas últimas edições de Le Mans, temos nos acostumado com um domínio supremo dos LMP1 de fábrica, que além de rápidos, pareciam essencialmente inquebráveis, correndo 24 horas como se fosse um GP de hora e meia. Numa corrida cheia de surpresas – e um grid nanico de LMP1s - quase dá zebra. Meio bilhão de dólares seriam jogados no lixo, se um mais humilde LMP2 ganhasse a corrida e todos LMP1 ficassem pelo caminho. Há algumas coincidências com uma outra prova. Nas duas edições em pauta, a Porsche foi protagonista e acabou ganhando. Em 2017, como em 1977, a Porsche tinha ganho a edição do ano anterior. E havia um outro protagonista tido como favorito em ambas as edições, que simplesmente TINHA que ganhar a corrida! Em 1977, o outro era  a Renault, nesse ano, a Toyota, que perdeu a corrida na última volta no ano passado. A Régie, cuja corrida de 1976 havia sido um pequeno fracasso, havia trazido quatr

Nacionalidades

Posso  estar errado – não verifiquei – mas neste ano haverá o maior número de concorrentes brasileiros em Le Mans, uns oito ou nove pilotos, se contarmos o Gustavo Menezes que corre como americano. Infelizmente, nenhum tem reais chances de vencer na geral, pois nenhum brazuca corre na Toyota ou Porsche, porém na LMP2 estamos bem representados. Enquanto isso, na F-1 contamos somente com Massa, não vejo grandes chances de Nasr voltar, e na Fórmula 2 Sette Camara está longe de mostrar serviço. Na Indycar simplesmente não há renovação brasileira há anos – a grande esperança é Matheus Leist, que corre na Indy Lights. Será que os brasileiros não sabem mais pilotar? Longe disso, o assunto é complexo e já discuti várias vezes. Além da mudança de paradigma de ascensão de pilotos à F-1 existe a questão de maior concorrência em termos de nacionalidades nas outras categorias. Em 1969, um ano antes de Emerson chegar na F-1, a categoria ainda era dominada por pilotos “anglos”. Nas equipes

A Ferrari 333 SP a mal amada

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Quando você pede para um ferrarista citar quais são seus modelos prediletos de Ferraris de competição, certamente mencionarão Testa Rossa, 250, 312P, 512, Daytona, etc. Outro dia recebi uma miniatura na escala HO que coloquei com muito amor no meu diorama. Era uma miniatura de uma Ferrari 333 SP. E desandei a pensar no modelo. Difícil achar alguém que tenha predileção por ela, ou mesmo que admita gostar dela. Pode ser até pelo fato de não ter sido um carro 100 % Ferrari, era construído por Michelotto, e parcialmente projetado pela Ferrari. Assim, para os puristas, é visto como uma meia-Ferrari, la mezza-Ferrari. Além disso, seus pilotos geralmente não eram os Ickx, Andrettis, Rodriguez, Amons, Bandinis, Redmans, Surtees, Phil Hill, Gendebien e Merzarios desta vida. Entre um grande número de pilotos que pilotaram o modelo entre 1994 a 2003, estavam gentlemen drivers como Gianpiero Moretti, Andy Evans e até o brasileiro Antonio Hermann. Comparada com a 312P e a 512, a 333 SP par