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Mostrando postagens de junho, 2014

Um encontro com um velho amigo

Imagino que para aqueles paulistanos que ficaram em São Paulo, cariocas que ainda moram no Rio, e soteropolitanos que nunca mudaram de Salvador, ainda é possível ter bastante contato com velhos amigos, de fato, é possível manter um belo círculo de amizade durante a vida inteira. Alguns mudam de cidade durante algum tempo, mas voltam e reencontram seus amigos. Para mim as coisas não são tão fáceis. Saí do Brasil ainda adolescente, morei muito tempo em Nova Iorque, e agora estou em Miami. Por minha vida já se passaram milhares de pessoas, em uma vasta gama de ambientes, e parece que estou sempre trocando de grupos, pois aqui nos EUA as pessoas (americanos ou não) mudam com muita facilidade de cidade e mesmo de estado. É certo que hoje existe o Facebook, e outras redes sociais, além do email e telefone barato, porém, a triste realidade é a seguinte: seja por falta de tempo, por falta de dinheiro, ou de oportunidade, nunca mais verei, pessoalmente, a maioria dos meus amigos. Sendo as

Algumas observações sobre Le Mans

Mais uma corrida, mais uma vitória da Audi. Só que desta vez não foi nada fácil, e de fato, Fassler-Lotterer-Treluyer tiveram que suar bastante para ganhar a corrida, combatendo não somente carros das equipes concorrentes Porsche a Toyota, como o carro número 1, pilotado, entre outros, pelo mega campeão Tom Kristensen.  O interessante é que apesar do ensaio de quebra-quebra, três carros top ainda chegaram nos primeiros três lugares, com uma diferença de 3 voltas do segundo para o primeiro, e cinco voltas do terceiro para o primeiro. Parece muita coisa para bem quem está acostumado com os sprints dos últimos anos, não só em Le Mans, como também em Daytona. Porém, não é. Vejamos a primeira Le Mans ganha por um trio intencional, 1979 (a corrida de 1977 foi ganha por um trio, Ickx-Barth e Hawyood, porém., Ickx não estava inscrito no carro, tomou sua direção durante a noite). O trio que ganhou a corrida nesta ocasião era composto de um profissional, Klaus Ludwig, e dois semi-profissionais

Monaco 1984, trinta anos depois

Até o dia 15 de novembro de 1889 não existia nenhuma evidência de que o Marechal Deodoro da Fonseca fosse republicano. Entretanto, após pelo menos um ano e pouco de tensão entre o Exército e o Governo, coube ao veterano da Guerra do Paraguai proclamar a república no Brasil. Na realidade, o que Fonseca certamente queria fazer era depor o Ministério Ouro Preto, quiçás mantendo o doente Imperador no seu lugar. Como no final das contas, acabou o velho e também doente Deodoro sendo persuadido a proclamar a república, mudar o regime e mandar a Família Real para o exílio? Existe um detalhe curioso. O possível substituto de Ouro Preto, escolhido pelo Imperador, seria o gaúcho Silveira Martins. Até aqui nada. Entretanto, alguns anos antes, Deodoro e Silveira Martins almejaram os amores de uma mesma mulher, e o gaúcho saiu vencedor. A partir daí, ganhou a mulher e um inimigo ferrenho. Dizem que o que pesou na balança para a tomada de decisão do até então não-republicano Deodoro da Fonseca foi