Coitados dos pilotos dos anos 60

Estava lendo uma revista brasileira de 1963, e me deparei com uma curiosa notinha, aliás, duas curiosas notinhas.

A primeira anunciava a realização de um torneio sul-americano para aquele ano, que, diga-se de passagem, não foi realizado. O tal torneio teria corridas no Uruguai, Argentina e Brasil, e seria realizado para carros esporte monopostos!!! Isso mesmo, carros esporte monopostos, uma novidade para mim.

Até aí nada. Na nota seguinte, diziam que os planos da realização de um Grande Prêmio do Brasil de F1, válido para o Mundial de Pilotos, caira por terra. Foi a primeira vez que li que já se cogitava sobre o assunto, além de sonhos como a minha TV dos Carros. Pois pelo jeito, Angelo Juliano e a cartolada da época, pensara sério no assunto, fizeram cálculos, e chegaram à conclusão de que a empreitada custaria a bagatela de um bilhão de cruzeiros. A inflação, sempre ela, fora culpada pelo fracasso dos planos.

A coisa mais engraçada foi o espanto de todos com os prêmios de largada para os pilotos. Cinco mil dólares!!! Está certo que era uma grana na época, porém, ainda me parece um valor baixo.

Não é a toa que muita gente da época fica revoltada com os ganhos astronômicos dos pilotos de hoje.

Carlos de Paula é tradutor, escritor e historiador de automobilismo baseado em Miami

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