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Mostrando postagens de março, 2015

Opiniões furadas

Hoje em dia sou quase um ex-blogueiro de automobilismo. Diríamos que estou em sabático. Realmente me sobra muito pouco tempo para escrever sobre o esporte. Esporte que ainda amo, podem ficar tranquilos. Tenho seguido com bastante interesse os acontecimentos recentes. E querendo ou não acabo lendo as quilométricas discussões em grupos de Facebook e fico abismado com o que leio, sem participar por que não sou bobo! Vou me concentrar em dois assuntos. Sebastian Vettel e os chorões - montadoras que só pensam em ganhar. Nos grupos do FB, frequentemente aparecem pessoas cujo conhecimento da história do automobilismo é um tanto curto. Diria que dura um GP. Logo esquecem de do ano passado, de dois, três, dez anos atrás. Que dizer de quarenta? Culpo isso à forma como seguimos o automobilismo hoje em dia. Antigamente, assistíamos os GPs (sou suficientemente antigo para lembrar da época em que poucos GPs ainda eram transmitidos), e depois líamos nas revistas, que muitos de nós guardávamos. E

Ah, se fosse no Brasil...

Não é notícia fresca - simplesmente não vai haver o GP da Alemanha neste ano. Sim, a grande e poderosa Alemanha, o motor da Europa, etc e tal, não vai ter GP. Já pensou se o Brasil se encaixasse no mesmo cenário...com nove campeonatos mundiais ganhos desde 2000, inúmeros GPs vencidos, o vice-campeão do ano passado, e não só isso, já pensou se a equipe Fittipaldi ainda existesse e estivesse dominando a F1? Seria praticamente impossível não encher Interlagos, mesmo com a crise financeira. Afinal de contas, o GP do Brasil sobreviveu a sombria década de 80, quando a economia do Brasil ia de mal a pior, e nenhuma edição deixou de ser realizada por falta de público. E é exatamente isso que assustou os organizadores alemães, falta de público. Primeiro teve a falência de Nurburgring, que alternava a realização da corrida com Hockenheim. A segunda pista parecia que ia realizar o GP neste ano, só que as vendas de ingressos no ano passado foram um fracasso e esse ano caminhava na mesma direçã

Rito de passagem

Se não disse aqui, já disse em algum outro lugar que quase todos meus ritos de passagem foram atípicos. Não se trata de um julgamento qualitativo. Não quero dizer que foram horríveis, nem tampouco maravilhosos, nem dramáticos ou completamente chatos. Diria que atípicos. Na sua atipicidade, não diria que foram muito interessantes, portanto, não vou entediar ninguém com longas e emboloradas histórias de décadas atrás, nem sequer algumas mais novas, afinal de contas, os ritos de passagem continuam a acontecer. Cabe também dizer que minha definição de rito de passagem pode ser um pouco mais ampla do que a sua. Ou quem sabe, o contrário. Nesta altura dos acontecimentos, parece que meu legado não será lá grande coisa. Como o Brás Cubas de Machado de Assis, não tive filhos. O bendito livro de minha autoria parece que não vai sair. Quem sabe, quando estiver pronto, não se façam mais livros no planeta. A única árvore que plantei, na frente do Colégio Maria José quando tinha uma unidade em H

A obsessão SUDAM

Até os anos 30, o automobilismo na Argentina e Brasil de desenvolveram separadamente. Quer dizer, se desenvolveu na Argentina, onde a categoria Mecânica Nacional era uma verdadeira categoria GP local, e no Brasil, empacou. Com a criação do GP da Gávea, disputado (e ganho) por argentinos, os pilotos brasileiros se desenvolveram, e de fato, volantes como Chico e Quirino Landi e Nascimento Junior participaram de algumas corridas de MN no país vizinho. Com a inauguração de Interlagos, no período pós guerra foram realizadas diversas corridas internacionais em São Paulo, além do GP da Gávea que continuava a ser realizado no Rio, porém, com a ascensão de Fangio, a Argentina tomou a dianteira mais uma vez, inclusive com a realização de corridas dos campeonatos mundiais de F1 e de marcas no vizinho sulino. Apesar da sempre presente rivalidade entre platinos e tupiniquins, surgia o desejo de formar uma categoria, ou pelo menos, um campeonato Sul-Americano. A primeira tentativa ocorreu no final