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Mostrando postagens de abril, 2015

Dois pilotos franceses, algumas coisas em comum, outras nem tanto

Já perdi a conta de quantos pilotos já correram na Fórmula 1, mas imagino que o número se situe entre 600 e 700. Dentre estes poucos, conseguiram a façanha de marcar pontos no seu primeiro e último GP. No caso do protagonista deste post, sua façanha foi mais rara ainda por que ele participou da categoria nos anos 50, quando só marcavam pontos os 5 primeiros, não era a festa dos dias de hoje. Além disso, teve uma carreira longa nos GPs para o padrão da época, disputando 38 GPs, a grande maioria com carros preparados por ele mesmo. Outra curiosidade - foi um dos pilotos presentes no primeiro GP do Mundial de Pilotos. O francês Louis Rosier não é lembrado por muitos, mas na realidade, fez bastante coisa. Foi um dos diversos pilotos cuja carreira foi interrompida pela Segunda-Guerra Mundial, porém, findo o conflito, Rosier, garagista em Clermont-Ferrand, estava de volta nas pistas. Rosier foi o mais bem sucedido piloto dos Talbot-Lago T26C que participaram em números razoáveis nos dois

A globalização

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Quando descobri que a Planeta de Agostini estava publicando uma coleção de velhos carros brasileiros, fiquei muito entusiasmado. Há alguns anos atrás havia comprado alguns carros, como JK, Veraneio, Belcar, numa loja de brinquedos de São Paulo. Eram carros que tinham sido distribuídos por um jornal, se não me engano do Rio de Janeiro, e o excedente acabou em São Paulo. As miniaturas, em escala 1-43 eram de qualidade razoável. Porém logo vi que as miniaturas de Planeta de Agostini eram de uma melhor qualidade. O grande problema é que não moro no Brasil. Comprar a coleção em bancas e mandar entregar num endereço no Brasil seria uma opção. Assinar não era uma opção, pois nem todos carros me interessavam. Pedir para alguém checar o que estava disponível na banca, seria bastante mala. Uma pena. Logo descobri que a editora fazia parte de um grupo que vendia essas coleções na França, e aqui começa a saga de globalização. Na França os produtos eram vendidos pela espanhola Altaya, e consegu

Algo a se pensar

Sei que muita gente se irrita com a Blancpain Series no Brasil, principalmente com a tendência que alguns têm de se referir à mesma como Campeonato Mundial de GT. Certamente não é um Campeonato Mundial de GT, porém, não seria a primeira vez que brasileiros exageram algo. Exagero ou não sigo a série, pois, incrivelmente, as corridas são transmitidas aqui nos EUA - um milagre! Sim, seguir o automobilismo europeu nos EUA requer muito malabarismo, embora com a Internet as coisas tenham melhorado. Eu seguia com muito interesse o Campeonato Europeu de GT, iniciado pela FIA em 1972. Muito se esperava dele. Sim, muitos esperavam diversos Porsches na pista, porém, também se pensava em Ferraris mil, Jaguar, Aston Martin, Maserati, Lancia, FIAT, Alfa-Romeo, MG, Triumph, Datsun, Lotus, Alpine, e outras marcas. No fim das contas, só a De Tomaso se interessou em peitar a Porsche nos primeiros dois anos, e nas duas últimas edições, só dava Porsche. Vez por outra aparecia algum carro de outra marc

O poder da retrospectiva

Digamos que está sendo uma temporada esquisita. Para começo de conversa, no primeiro GP, dominaram as manchetes dois pilotos holandeses. Que me desculpem os holandeses, gosto muito do país, porém, pilotos holandeses quase sempre foram notas de rodapé na F1. Não na Austrália. Um estava em vias de se tornar o primeiro piloto de GP de 17 anos, e o outro o primeiro a forçar uma equipe a colocá-lo num carro, sim, na marra. Marra judicial, porém marra. No fim, o mais fraco dos dois, Giedo Van der Garde, acabou dando uma banana para a F1 e o mundo cavernoso de seus contratos, conseguindo, porém, um saco de Euros. Sabe-se lá se não teve que restituir seus patrocinadores... Depois, foi esquisito sim ver dois ex campeões do mundo começando a corrida lá atrás. Ninguém esperava que a Honda produzisse um foguete logo de cara, até porque, na retrospectiva, a Honda sempre teve começos difíceis na F1. Em 1964, com Bucknum, os carros brancos da equipe que mal fabricava carros de rua na época eram q