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Mostrando postagens de 2020

O ANO DO FENEMÊ

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Como tenho sensibilidade e estou ciente que alguns dos leitores são um pouco, alguns muito mais jovens do que eu, começo definindo o Fenemê.   Foi o primeiro caminhão brasileiro, produzido pela Fábrica Nacional de Motores. Como muitos empreendimentos da Terra Brasilis, já nasceu meio errado. Quando a FNM decidiu fabricar seus primeiros caminhões fechou acordo com a Isotta Fraschini, uma fabricante italiana mais conhecida pelos carros de luxo dos anos 1910. Como muitas empresas italianas a Isotta Fraschini não saiu muito bem da Segunda Guerra, e quando os primeiros cinquenta caminhões FNM (Isotta) brasileiros desfilaram orgulhosamente   nas ruas do Rio de Janeiro, a IR já estava devidamente falida. Sendo assim, foi necessário buscar um outro parceiro. O escolhido foi a Alfa Romeo.   Muitos brasileiros, inclusive este que vos escreve, nutria grande carinho pelos FNM. Eu os achava simpáticos, sorridentes e bonachões. Alguns outros achavam os caminhões horríveis, problemáticos, tra

Errar é humano

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Todos sabemos que errar é humano. Só que certos erros, em retrospectiva, podem nos colocar em posições ridículas. Recentemente terminei a revisão do meu livro Motor Racing in the 70s . A primeira edição não saiu sem erros e omissões. Confesso que fiquei surpreso com o número pequeno de falhas, menos de 10 para um livro de quase quatrocentas páginas e 180.000 palavras. Porém lá estavam. Ninguém vai morrer ao afirmar que a corrida inaugural do autódromo de Yahuarcocha foi ganha por um Reliant Scimitar (na realidade chegou em terceiro). Para fazer o livro consultei dezenas de milhares de resultados de corridas, tabelas, páginas de sites, foruns, livros, revistas, recortes de jornais, em mais de 12 idiomas e a conclusão é que o erro mais comum ocorre na grafia de nomes de corredores. Há de se lembrar que nos antanhos a diagramação era feita por tipógrafos, muitos dos quais não tinham nenhum conhecimento de idiomas estrangeiros, nem conhecimento do esporte, e muitas matérias era

DESENVOLVEDOR DE APLICATIVOS

Não sou imune ao tédio. Nesta quarentena que já dura mais de quarenta dias, resolvi fazer algo de positivo, e me tornei desenvolvedor de aplicativos. Como pode? Bom, sempre fui verdadeiramente obcecado por tecnologia, celulares e modernidade, era bom de tabuada, não foi tão difícil. Fiz um curso online de fim de semana, comprei um livro, “Desenvolvimento de Aplicativos para Idiotas” e pus a mão na massa. Os capitalistas de risco estão fazendo fila para comprar meus “apps” e   já posso sentir os milhões caindo na minha conta. Eis alguns dos aplicativos que desenvolvi: Contador de moedas – Com este aplicativo, seu celular conta as moedas no seu bolso, e as acha pela casa. Calcula quantos churrasquinhos você poderá comprar na esquina, quando a vida voltar ao normal. Panelaço Digital – Usando mais de 3 trilhões de dados coletados em 500.000 anos da história da humanidade, o celular emite um sonoro panelaço, quando um político faz um pronunciamento mentiroso na TV ou em

O PRIMEIRO FÓRMULA 1 BRASILEIRO

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Há muito tempo que não escrevo um post. Estou bastante ocupado revisando meu livro M otor Racing in the 70s , o que tem tomado muito tempo. Além de incluir dezenas de milhares de novos e raríssimos dados, descobertos em pesquisas mais profundas, também estou incluindo fotos. Como dá trabalho obter autorização para incluir fotos num livro! Espero que o resultado seja bom. Já sei, todo mundo vai dizer que o primeiro Fórmula 1 brasileiro foi o Copersucar-Fittipaldi. Outros mais espertos podem dizer que a Equipe Bandeirantes foi a primeira equipe brazuca de F-1, embora diversas fontes indiquem que o real dono da equipe era o uruguaio Cantoni. Que mistério é esse? Numa certa seção do meu livro, discuto os diversos projetos de F-1 natimortos ou mesmo verdadeiras viagens na maionese dos anos 70. Por exemplo, já ouviu falar do Arno de Fórmula 1, que seria pilotado pelo holandês Peter Van Zwan? Rapaz, o piloto é tão desconhecido que nem entra na minha lista de pilotos holandeses re