Já entrou para o clube

Depois da corrida do domingo, Romain Grosjean entrou para um clube seleto da F1, o grupo dos barbeiros contumazes.

Que fazer com Grosjean? Chris Horner quer que a Lotus controle o francês. A FIA já o suspendeu. Daqui a pouco, só vão permitir que o ex-campeão de GP2 largue somente dos pits.

Grosjean não é nem o primeiro, nem o último a interpretar a F1 erroneamente. Entretanto, sua especialidade é acabar com sua corrida (e de outros) logo na largada.

No ano passado, Felipe Massa e Lewis Hamilton passaram metade da temporada se estranhando na pista.

Em 1973 Jody Scheckter deu diversas batidas, inclusive em Silverstone, que alijou um quarto dos carros na prova. Depois em 1974, sob controle de Ken Tyrrell, Jody amadureceu rapidamente, e chegou a campeão mundial.

Em 1972 Henri Pescarolo teve a satisfação de ganhar sua primeira Le Mans, mas na F1, foi uma bateção só. Frank Williams quase faliu por causa de Henri.

Vittorio Brambilla conseguiu dar uma cacetada no seu carro depois de receber a bandeirada da única corrida que ganhou, o curto GP da Áustria de 1975. Também bateu muito em diversos outros lugares. Seu conterrâneo Andrea de Cesaris era conhecido pela capacidade de destruir carros, embora, lá por volta de 1991 tenha amdurecido, e sua temporada com a Jordan foi razoável.

Willy Mairesse também bateu muito. Tanto que acabou levado ao suicídio.

Não quero ser tão dramático. Porém, a carreira de Grosjean, obviamente um piloto rápido, está em perigo. Na situação atual é mais um passivo do que ativo. Ou dosa seu entusiasmo no resto das corridas desse ano, ou quem sabe no ano que vem estará a pé - ou pior ainda, no purgatório, a HRT.

Carlos de Paula é tradutor e historiador de automobilismo baseado em Miami 

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