Uma ótica diferente

A primeira coisa que os pilotos brasileiros pioneiros estranharam (e gostaram) ao chegar na Europa em 1969 a 1971 era o grande número de corridas disputadas. Há um detalhe a ser observado - as corridas disputadas no Brasil na época eram geralmente de longa ou média duração. Baterias curtas eram domínio das provas de Fórmula Vê.

As corridas de FF e F3 europeias, daquela época, eram curtas baterias de 15 a 20 minutos. Ou seja, muita movimentação para disputar uma curta prova de 15 minutos.

Hoje a maioria dos campeonatos internacionais de monopostos - inclusive a Sudam F3 - abandonaram o esquema de baterias com soma de tempos. Cada bateria soma pontos para o campeonato. Para mim, faz mais sentido o sistema atual, do que a soma dos tempos.

O primeiro campeonato brasileiro de Fórmula Super Vé, por exemplo, foi composto de seis provas, cada uma com 3 baterias. Ou seja, se cada bateria contasse pontos, em vez da soma de tempo agregado, os pilotos poderiam dizer que disputaram 18 provas (mais próximo da realidade europeia), em vez de seis. E o resultado do campeonato teria sido bastante diferente, se todas baterias contassem pontos. A seguir

CAMPEÃO INGO HOFFMANN 87 pts
VICE NELSON PIQUET 59 pts
3. F. LAMEIRÂO 57 pts
4. E. CELIDÔNIO 42 pts
5. M TRONCON 38 pts
6. M. CHULAM E R. MANSUR, 28 pts
8. M. AMARAL E JULIO CAIO, 24 pts
10. R. DI LORETO, 18 pts
11. N. PEREIRA, 12 pts
12. A. GUARANA, 9 pts
13. A. FERREIRA, 8 pts
14. R. ACHCAR, 5 pts
15. B, RANGEL, 4 pts
16. F. DABBUR E C. DUDUS, 1 pt

O eventual campeão Troncon teria caído para o quinto lugar, e Ingo, que ganhou nada menos do que 9 baterias, teria sido o indisputável campeão.

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