Formula VW 1600, 1979, segunda etapa

A segunda corrida daquele ano foi realizada no autódromo de Brasília, no dia 22 de abril, com tempo chuvoso e quente. A mesma patotinha que estava em Interlagos foi para o Planalto Central, com a adição de Adu Celso e Paulo Valiengo.

Nessa corrida estreavam os novos pneus slick da Maggion, os M-2, que ainda careciam de alguma adaptação. Na opinião da maioria, já estavam bons, mas podiam ser excelentes e equivalentes aos Goodyear Blue Streak importados. Fato notável foi que Guaraná conseguira abaixar o recorde de Brasília para carros equipados por pneus nacionais em quase cinco segundos.

De fato, o mesmo Guaraná dominou os treinos. Com seu carro equipado com saias laterais, Guaraná era outro piloto que aderia à mania do efeito-asa. Seu companheiro nessa corrida era o ex-rival Marcos Troncon, que ocupava o lugar de Paulo Gomes.

Nos treinos, Chulam fez o segundo, mas em terceiro estava Ronaldo Ely, com motor de Dino di Leoni made in Rio Grande do Sul. Ronaldo se adaptou rapidamente aos novos M-2 da Maggion. Pedro Muffato foi quarto, com carro totalmente revisado pela Polar. Vital Machado, com um carro que mal parecia um Polar, estava em quinto. Francisco Feoli estava entre os inscritos, mas o gaúcho quebrou o braço ao cair de uma escada, após obter o sexto tempo em uma das sessões.

No dia da corrida, iniciada com tempo escuro, Guaraná e Chulam pularam na frente, como na primeira etapa. Na terceira volta, desabou verdadeiro temporal sobre a pista, e muitos pilotos disseram que mal podiam enxergar à sua frente. Os dois ponteiros continuaram a sentar a bota, mas acabaram rodando, e foram ultrapassados pelo carro-asa de Vital.

A pedido dos pilotos, o diretor da prova acabou dando a bandeirada após sete voltas, e a ordem foi Vital, Chulam, Guaraná, Chateau, Moura Brito e Castro Prado.

Vital Machado e seu carro-asa atravessado. Surgia a inesperada pedra de tropeço de Chulam?

Na segunda bateria, o motor do carro de Ronaldo Ely explodiu na primeira volta, inundando a pista de óleo. Todo mundo passou a correr com cautela, e Chulam pulou na ponta, seguido de Guaraná e Vital. Guaraná e Chulam eventualmente tiveram problemas de motor, e Vital Machado ultrapassou os dois e ganhou a segunda bateria também, ganhando a sua primeira prova na geral.

Na classificação geral, Vital Machado foi seguido por Chulam, que liderava o campeonato com 37 pontos, Guaraná, Moura Brito, Chateau, Troncon, Divani, Adu, Ricardo Mogames e José Antonio Bruno.

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