Sucessos relâmpago


Não foi só a equipe Dacon que foi um sucesso relâmpago no automobilismo brasileiro dos anos 60. Há outros casos tão curiosos como o da equipe paulista, inclusive em outros estados. Por exemplo, a Equipe Transparaná.

O criador da equipe foi Norman Prochet, dono da maior concessionária Willys de Curitiba. Apaixonado pelas corridas, mas um tanto hiperdimensionado para participar delas, Norman resolveu montar uma equipe de astros no Paraná. Entre os pilotos estavam Carlos Eduardo Andrade, Luiz Gastão Ricciardella e Carlos Alberto Colli Monteiro. Comprou muitos ex-carros de fábrica da Willys, e de fato, no começo de 1967 tinha 10 carros, 4 berlinettas Interlagos, 4 Gordinis, um R8 e uma carretera.

A peso de ouro, contratou Luiz Pereira Bueno como chefe de equipe em 1966, o que explica a relativa ausência de Luizinho nas corridas paulistas daquele ano. O piloto-chefe de equipe participou de provas em Cascavel, Curitiba, Lajes e outros locais, onde a Transparaná não tinha adversários.

O auge da equipe se deu com o seu novo chefe, Ettore Beppe, que ganhou a segunda edição da Rodovia do Café, apesar de diversos paulistas de primeira, como Chico Landi, Camillo Cristofaro e Jayme Silva, com carros mais potentes, o que contava bastante numa corrida de estrada.

Os concorrentes da Transparaná chegaram a reclamar da presença dos carros da equipe nas corridas do Estado, alegando que a forte escuderia estava estragando o esporte, por ganhar tudo.

Prochet chegou a pedir dois protótipos Mark I para Greco, mas nunca foi atendido. De fato, em 1967 a Ford comprara a Willys, e as coisas mudaram.

Mudaram também para Prochet, que logo faleceria, e hoje é rua em Curitiba. A Transparana se tornou uma das maiores empresas de máquinas agrícolas do Paraná, deixando os Renaults ou Fords de lado. Mais um sucesso relâmpago da história do nosso automobilismo.

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