O assassino


Na história do automobilismo, nem todos carros envolvidos em acidentes fatais foram descartados. De fato, muitos acidentes causavam muito mais danos nos pilotos do que nos carros, principalmente nos antanhos.

Mas o Ford V8 de Irineu Correa, de 1935, deve ser um recordista mundial de morbidez.

Esse não foi o carro usado por Correa para ganhar a Gávea em 1934. Era um carro novo, e um dos favoritos para ganhar a prova. Irineu, antes de iniciar a prova, declarava que a morte estava em toda parte no Trampolim do Diabo. Mal sabia ele.

Logo no início da prova, Irineu derrapou e deu uma trombada numa árvore, caiu num canal.

Morreu.

O carro foi recuperado, e inscrito na mesma corrida da Gávea, em 1937, por Diogo Palombo.
Desta vez o alvo foi um poste, durante treinos, e o resultado, o mesmo. Morte para Palombo.

Em 1938, o carro, devidamente restaurado, fez outra vítima - José Bernardo bateu em um barranco e morreu dos ferimentos.

Depois desse, acho que ninguém pensou em recuperar o "Assassino", como ficou conhecido o azarento carro.

Irineu Correa foi o primeiro a conhecer a morte no Assassino

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