DTM em decadência?

Era de se esperar que com a chegada da BMW, o DTM adquirisse uma nova vitalidade, afinal quem não gosta de uma novidade...

Entretanto, o que ocorreu foi o contrário. Apesar de a BMW ter demonstrado competitividade desde o princípio, de fato, ganhando o título do ano passado com Bruno Spengler, na mesma proporção a Mercedes e Audi parecem tirar o time do campo. A Mercedes diminuiu o número de carros no campeonato e equipes servidas, e seus dois ex-pilotos de F1 (Ralf e Coulthard), que se por um lado não abrilhantavam muito o campeonato com  performances eletrizantes, pelo menos elevavam o interesse, se aposentaram de vez. A sózia de Meg Ryan Suzie Wolff também se foi, e agora não há mais nenhuma pilota do sexo feminino na série pela primeira vez em muitos anos.

De novidade mesmo só a chegada do ex piloto de F1 Timo Glock na BMW.

É bem verdade que alguns veteranos da série, como Gary Paffett, Martin Tomczyk, Timo Scheider, Bruno Spengler a Mattias Ekstrom dão à série uma certa consistência, uma certa tradição e continuidade. Há diversos jovens promissores, como Daniel Juncadella e Robert Wickens, porém, o que parece faltar é o aspecto quantittativo.


Entretanto, se nos remetermos aos anos 70, quando o DRM começou a ganhar adeptos fora da Alemanha, veremos que em 1977, um ano clássico com a batalha entre Rolf Stommelen e Bob Wollek na Divisão II (para carros de maior cilindrada) as corridas contavam com pouquíssimos carros, algumas vezes, menos de 10. Aliás, a Divisão II do DRM sempre teve poucos participantes, salvo raríssimas exceções.

Porém, os tempos são outros. É no mínimo curioso que o DTM pareça seguir uma trajetória de expansão no outro lado do Atlântico, enquanto os grids minguam na Europa.

Carlos de Paula é tradutor, escritor e historiador de automobilismo baseado em Miami 

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