Egos frágeis e as redes sociais

Em algum lugar ou outro tenho escrito sobre o vício de interatividade que assola o mundo, que, entre outras coisas, está remapeando o cérebro de gerações inteiras.

Vez por outra denoto em mim mesmo certas patologias causadas por excesso de presença em blogs, redes sociais e email. Em última análise, trata-se de trocar a vida verdadeira pela vida virtual. O assunto é muito complexo, e certamente fora do escopo deste blog, portanto, poupa-los-ei.

Para o narcisista, a rede social é, numa fase inicial, uma benesse, e eventualmente se torna uma arma mortal - de suicídio.

Não há dúvidas de que poucas celebridades administram bem o tal do twitter, onde supostamente existe mais interatividade - afinal de contas, quem não pode se expressar em uns 100 e poucos toques de teclado? Não requer muito tempo, nem cérebro.

No automobilismo, tendemos a achar que os praticantes do esporte têm um nível intelectual melhor do que, digamos, futebolistas. Estes, vira e mexe arranjam barracos no tal twitter, dignos de favelas.

O caso em pauta não chega a esse nível, porém mostra a fragilidade dos egos até mesmo dos automobilistas DE SUCESSO.

Supostamente - digo supostamente por que não sigo celebridades no Twitter - Lewis Hamilton armou um barraco com seu ainda companheiro de equipe Jenson Button, por ter "descoberto" que Jenson deixara de segui-lo na boçal rede social. Disse que estava muito desapontado, que achava que Jenson era seu amigo, etc, etc, etc.

Pois bem, supostamente Jenson nunca se inscreveu como seguidor de Lewis! Que levou o campeão mundial de 2008 a pedir desculpas ao campeão mundial de 2009, dizendo que pouco entra no twitter!

Fica difícil entender como Lewis, que supostamente tem 1,1 milhão de seguidores, descobriu que Jenson não estava na sua lista de seguidores, para começo de conversa! Desculpe a ignorância, mas desconheço um método fácil de descobrir isso.

Será que Lewis não tem nada melhor para fazer? Francamente, se eu ganhasse um décimo do que Lewis ganha,  nunca nem entraria no twitter!!!!

Porém, como são fracos os egos...

Carlos de Paula é tradutor e historiador de automobilismo, baseado em Miami

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