A última vitória de uma geração

Em 1972, além dos 500 km e 3 Horas de Interlagos, as únicas corridas de longa duração realizadas no Brasil ocorreram no Rio Grande do Sul. As provas passavam a ser preponderamente de curta duração, em forma de baterias, não só de Fórmula Ford, como também de protótipos e carros de turismo.

As tais corridas de longa duração no sul form as 12 Horas e os 500 km de Tarumã, esta última corrida chamada Prova Catharino Andreatta. As provas eram válidas para o campeonato gaúcho de D3.

A prova em homenagem ao mestre das carreteras acabou sendo vencida justamente por um dos poucos pilotos em atividade naquela época, que chegaram a disputar provas de carretera com Andreatta, José Asmuz. O ex-piloto de carretera e Breno Fornari, que disputava a F-Ford, eram os dois remanescentes da época mais gloriosa do automobilismo sulino.

Chegou a ser uma surpresa, a vitória de Asmuz, pois ele correu com um Opala 2500, que geralmente só conseguia disputar boas posições na sua classe, até 3 litros, frequentemente perdendo até para os Fuscas mais bem preparados. Naquele dia os Opalas de 4.1 litros, como o de Pedro Carneiro Pereira, quebraram, e os Fuscas ficaram a 1 volta do Opala. Assim Asmuz, acompanhado de Alfredo Oliveira, conseguiu sua última grande vitória.



Asmuz continuou a correr com este mesmo carro em 1973.
Resultados Classe C
1. José Asmuz e Alfredo Oliveira, 166 v 4h16m31.8s
2. Mauro Galicchio e Walter Schuck
3. Afonso e Ivan Iglesias
4. Sadi Abe e Arnaldo Pasqual
5. Claudio Muller e Cesar Pegoraro
Classe B
1. Airton e Benoni de Carvalho
2. Edgar e Joel Echel
3. Arnaldo Rossi e Ricardo Treio
4. Raul Machado e Aires Scavone
5. Lino e Denis Reginatto
Classe A
1. Abilio Weiland e Jose Luis Madrid
2. Decio Michel e Eloi Heinz
3. Roberto Giordani e Paulo Hoerle
4. Mauricio Rosemberg e Mauro Panitz

Carlos de Paula é tradutor, escritor e historiador baseado em Miami

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