Errar é humano


Todos sabemos que errar é humano. Só que certos erros, em retrospectiva, podem nos colocar em posições ridículas.

Recentemente terminei a revisão do meu livro Motor Racing in the 70s. A primeira edição não saiu sem erros e omissões. Confesso que fiquei surpreso com o número pequeno de falhas, menos de 10 para um livro de quase quatrocentas páginas e 180.000 palavras. Porém lá estavam. Ninguém vai morrer ao afirmar que a corrida inaugural do autódromo de Yahuarcocha foi ganha por um Reliant Scimitar (na realidade chegou em terceiro).

Para fazer o livro consultei dezenas de milhares de resultados de corridas, tabelas, páginas de sites, foruns, livros, revistas, recortes de jornais, em mais de 12 idiomas e a conclusão é que o erro mais comum ocorre na grafia de nomes de corredores. Há de se lembrar que nos antanhos a diagramação era feita por tipógrafos, muitos dos quais não tinham nenhum conhecimento de idiomas estrangeiros, nem conhecimento do esporte, e muitas matérias eram passadas a toque de caixa em ligações telefônicas para lá de precárias.  

Até no meu livro revisado não cheguei a uma conclusão em relação ao sobrenome do nobre belga Hughes de Fierlant (Fierlandt). O sobrenome do piloto é grafado metade com d, metade sem d.   

Pouca gente atualmente deve saber quem foi Hughes, portanto o estrago não é muito grande.

Nas épocas em que era um blogueiro ativo (há uns dez anos atrás, acreditem ou não) certa feita publiquei uma imagem de um artigo de 1971 da revista Quatro Rodas, referente ao futuro campeão mundial Nelson Piquet. No artigo simplesmente trucidaram o sobrenome do piloto, na época um desconhecido kartista.

Anos mais tarde, em 1975, foi a vez da revista Auto Esporte detonar o sobrenome de um outro jovem kartista, também futuro campeão mundial. Na notinha, o nome de Ayrton Senna da Silva aparece como AIRTON PENA DA SILVA! Vejam a digitalização da nota (na página anterior o nome também aparece como Pena). Que pena, desta vez erraram!



Quanto ao meu livro revisado, deve sair logo, espero que sem nenhum erro. Na próxima edição retirei a seção de oitenta páginas sobre o desenvolvimento do automobilismo brasileiro de 1970 a 1972, por julgá-la “off topic”. Além do que, precisava de muito espaço para material adicional mais pertinente ao assunto. Quem quiser ter o livro com esta seção tem que agir rapidamente, lembrando que o texto  está em inglês e também está disponível em kindle.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O taxista de São Paulo, e muito disse não disse

RESULTADOS DE CORRIDAS BRASILEIRAS REMOVIDOS DO BLOG

DO CÉU AO INFERNO EM DUAS SEMANAS - A STOCK-CAR EM 1979