A morte da Formula 2 - de novo
Outro dia estava lendo uma edição antiga da Autocourse, dos anos 70. Previa uma certa crise no automobilismo na época, devido à proliferação exacerbada de categorias e campeonatos. Batata. Estavam certos os especialistas! Alguns poucos anos depois, diversos dos campeonatos evaporaram, como o Europeu de GT, Formula 5000 e Esporte 2 Litros.
Na economia e na história, acreditam muito em ciclos. Curiosamente, estes se repetem, apesar das evidências do passado do porque do fracasso de certas coisas.
Se na história e na economia é assim, que pensar do automobilismo?
A situação relatada nos anos 70 se repete atualmente - e tenho dito isso com certa insistência. No Brasil temos quase nenhuma categoria que poderíamos chamar de base, porém, na Europa estas proliferam às pencas. Principalmente, diversas categorias intermediárias - que não são nem de base, nem top.
Imagino que parte da razão da existência de tantas categorias é criar uma ilusão - dezenas de "campeões" no curso dos anos, que não sobreviveriam num bom campeonato de F3 ou na GP2, porém gabam-se desta alcunha.
O que temos no momento é uma profusão de campeonatos com 15, 16 pilotos nos grids, ás vezes, menos. Forçosamente, um se torna campeão, e depois? Depois vai pro fundo do grid da GP2 e nunca chega na F1.
Diversas destas categorias já foram para o espaço - A1GP (Neel Jani, seu grande vencedor nunca chegou à F1) e a ridícula Super League. Agora foi a vez da resuscitada Fórmula 2.
A F2 de Jonathan Palmer - ex chefão da outrora bem sucedida Formula Palmer Audi - não sobreviveu mais de 4 anos. O ex-campeão da categoria na realidade fez um rebranding da sua ex categoria, usando um nome mais forte. Não deu certo. O conceito falhou, e a única coisa que consigo lembrar da F-2 foi a morte estúpida do Henry Surtees e um monte de desconhecidos que nunca avançaram na carreira.
Fiquei chateado quando a primeira F2 acabou, mas não posso dizer o mesmo desta. Para mim, seu nome deveria ter sido Formula Illusion.
Carlos de Paula é tradutor, escritor e historiador de automobilismo baseado em Miami
Na economia e na história, acreditam muito em ciclos. Curiosamente, estes se repetem, apesar das evidências do passado do porque do fracasso de certas coisas.
Se na história e na economia é assim, que pensar do automobilismo?
A situação relatada nos anos 70 se repete atualmente - e tenho dito isso com certa insistência. No Brasil temos quase nenhuma categoria que poderíamos chamar de base, porém, na Europa estas proliferam às pencas. Principalmente, diversas categorias intermediárias - que não são nem de base, nem top.
Imagino que parte da razão da existência de tantas categorias é criar uma ilusão - dezenas de "campeões" no curso dos anos, que não sobreviveriam num bom campeonato de F3 ou na GP2, porém gabam-se desta alcunha.
O que temos no momento é uma profusão de campeonatos com 15, 16 pilotos nos grids, ás vezes, menos. Forçosamente, um se torna campeão, e depois? Depois vai pro fundo do grid da GP2 e nunca chega na F1.
Diversas destas categorias já foram para o espaço - A1GP (Neel Jani, seu grande vencedor nunca chegou à F1) e a ridícula Super League. Agora foi a vez da resuscitada Fórmula 2.
A F2 de Jonathan Palmer - ex chefão da outrora bem sucedida Formula Palmer Audi - não sobreviveu mais de 4 anos. O ex-campeão da categoria na realidade fez um rebranding da sua ex categoria, usando um nome mais forte. Não deu certo. O conceito falhou, e a única coisa que consigo lembrar da F-2 foi a morte estúpida do Henry Surtees e um monte de desconhecidos que nunca avançaram na carreira.
Fiquei chateado quando a primeira F2 acabou, mas não posso dizer o mesmo desta. Para mim, seu nome deveria ter sido Formula Illusion.
Carlos de Paula é tradutor, escritor e historiador de automobilismo baseado em Miami
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